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  • Foto do escritorLuís Fragetti

Tuberculose pulmonar tem vacina?

Atualizado: 15 de set. de 2022


TUBERCULOSE: A AMEAÇA CONTINUA!

A cada minuto, morrem três pessoas com tuberculose e outras 17 adoecem em todo o mundo. Por afetar majoritariamente países em desenvolvimento, a doença não surge como uma prioridade na agenda de saúde global e não recebe a atenção suficiente.


A Tuberculose, doença temida no século XIX, oitava causa de morte em crianças de 1 a 4 anos na década de 1920, continua a ser uma das principais causas de doença infectocontagiosa no Brasil.


A tuberculose (TB), em São Paulo, Brasil, manteve-se como a terceira maior causa de morte por doença infecciosa (505 casos, coeficiente de 4,9:100.000), após a causa por vírus da imunodeficiência humana (VIH) (1379, 13,3:100.000) e após a causa por pneumonia (3234, 31,1:100.000), de acordo com a informação sobre Mortalidade por Doenças Infecciosas (numero absoluto e coeficiente x 100.000) no Município de São Paulo, no ano 2000).


Incide, particularmente nos indivíduos com toxicodependência (incluindo os alcoolistas), nos portadores de situações de imunossupressão (suscetíveis a contrai-la porque estão infectados e adoecidos com o vírus HIV, por exemplo), nos acometidos por doenças como diabetes e câncer, nos sem-teto (má nutrição) e nos prisioneiros.


No entanto, para a maioria dos casos, não há nenhum fator de risco conhecido detectado, o que significa continuar a tuberculose a ser adquirida na comunidade, vindo a enfatizar a necessidade de não a esquecer ou desvalorizar, tanto da parte da população, quanto da parte dos clínicos que devem "continuar a suspeitar da tuberculose".


A tuberculose é doença infecciosa e contagiosa causada por bactéria denominada Mycobacterium tuberculosis. Afeta principalmente os pulmões, mas pode se instalar em diversas partes do corpo humano, como o cérebro (Tuberculose Meníngea) ou os ossos (Tuberculose Óssea), por exemplo.


A pessoa portadora de tuberculose nas vias aéreas, enquanto sem tratamento, ao falar, tossir ou espirrar, elimina gotículas contendo as bactéria com capacidade de infectar pessoas no ambiente que as inalem, sendo assim, a inalação dessas gotículas infectadas se constitui na forma mais comum pela qual uma pessoa pode desenvolver tuberculose doença.


Em bebês e crianças, a infecção latente por tuberculose denominada de primo-infecção, geralmente não produz sinais ou sintomas e as radiografias de tórax não mostram sinais de infecção. Nessa fase, na maioria das vezes, apenas um teste cutâneo de tuberculina (usado para determinar se uma pessoa foi infectada por bactérias da tuberculose) dará um resultado positivo, o que indica que há infecção. De acordo com a situação epidemiológica e de forma personalizada, as crianças com um teste tuberculínico positivo, mesmo que não apresentem sinais da doença, poderão ter indicação para receber medicação.

Habitualmente, a infecção primária se resolve quando a criança desenvolve imunidade adaptativa ao bacilo da tuberculose, em um período de 6 a 10 semanas. Mas infelizmente, em alguns casos, a doença pode evoluir e se espalhar pelos pulmões (tuberculose progressiva) ou para outros órgãos por via do sangue (via hematogênica). A tuberculose pulmonar doença causará febre, perda de peso, fadiga, perda de apetite e tosse.


A Tuberculose pode ser prevenida, evitando contato com aqueles que têm doença ativa (comunicantes), utilizando medicamentos profiláticos (medida preventiva em casos de alto risco) e pela aplicação da vacina contra a Tuberculose.


A vacina denominada BCG (Bacilo de Calmette-Guérin) foi obtida pela atenuação (enfraquecimento) de uma das bactérias que causam a tuberculose e previne principalmente as formas graves de tuberculose, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar (espalhada pelo corpo via sangue).


A Vacina BCG é indicada em dose única, por via subcutânea, de rotina a partir do nascimento até os 5 anos de idade, sendo também recomendada para pessoas de qualquer idade que convivem com portadores de hanseníase (lepra); para estrangeiros ainda não vacinados e que estejam de mudança para o Brasil.


A vacina BCG tem contraindicação em pessoas imunodeprimidas e recém-nascidos de mães que usaram medicamentos que possam causar imunodepressão do feto durante a gestação.


Uma outra contraindicação são os prematuros, até que atinjam 2 kg de peso.


Na maioria dos vacinados, haverá reação no local da aplicação com formação de cicatriz (marca vacinal). Caso não se desenvolva a cicatriz não há necessidade de se aplicar uma nova dose.


A resposta à vacina demora cerca de três meses (12 semanas), podendo essa janela imunológica se prolongar por até seis meses (24 semanas), e a resposta começa com mancha vermelha elevada no local da aplicação, evoluindo para úlcera, que produz secreção até se cicatrizar.


Eventualmente complica com úlceras com mais de 1 cm ou que demoram a cicatrizar; podendo haver formação de gânglios ou abscessos na pele e nas axilas; raramente com disseminação do bacilo da vacina pelo corpo.


Assim, considerando que prevenir é mais fácil do que tratar, a prevenção da TB é feita principalmente através da Vacina BCG, que faz parte do planejamento nacional de imunizações e é indicada a se administrar ao nascer, nos hospitais.


A Vacina B.C.G., mostra-se como o método profilático por excelência na luta contra a tuberculose, e muito embora não possua eficácia de 100 por cento, permite reduzir o número de casos de tuberculose em todo o mundo, particularmente os de maior gravidade.

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