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  • Foto do escritorLuís Fragetti

TUBERCULOSE


Em 24 de março de 1882, o médico Robert Koch identificou o bacilo causador da doença infectocontagiosa denominada Tuberculose.


O bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis) chega a infectar até 30% da população de alguns países, expondo essa população ao risco de evoluir da tuberculose infecção para a tuberculose doença que, embora seja passível de prevenção e tratamento medicamentoso, determina uma mortalidade, estimada em 10% ao ano, dos portadores da Tuberculose doença.


Em 2017, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), existiam 193 países no mundo, sendo que 22 desses países abrigam  82% do total mundial de casos de tuberculose. Os traços  em comum que identificam esses países se identificam como pobreza, má distribuição de renda, alta incidência de AIDS, alto índice de desnutrição, presença de más condições sanitárias e elevada densidade populacional. 

Nesse cenário, pelo escalonamento por numero de casos, ao Brasil se encontra entre os 20 primeiros países em prevalência dessa enfermidade.


A tuberculose é predominantemente conhecida por afetar os pulmões, mas é capaz de acometer outras partes do corpo humano, entre as quais se destacam os gânglios linfáticos, os ossos, os rins e as meninges.


A Tuberculose Pulmonar incide mais em portadores de imunodeficiências, diabetes, insuficiência renal, desnutrição, dependência de drogas, incluindo tabagistas e alcoolistas.


O rastreamento da população para detecção de casos novos de Tuberculose se faz baseado em sintomas e duração dos mesmos, como por exemplo a ocorrência de tosse seca ou com secreção por mais de três semanas. Outros sintomas e sinais podem ser indícios para suspeitar de tuberculose como a sensação de  cansaço, a prostração, a dor nas pernas, a presença de febre vespertina, a sudorese noturna, a perda de apetite e o emagrecimento.


A tuberculose pode ser confundida com outras doenças como a gripe, evoluindo durante meses sem que venha a ser  identificada, representando período de alto risco de transmissão da doença de forma direta (pessoa a pessoa) pela contaminação, por gotículas de saliva, do ar compartilhado.  Estima-se que uma pessoa infectada contamine de 10 a 15 pessoas no seu entorno.


A tuberculose tem prevenção e tratamento, sendo a prevenção estabelecida pela aplicação obrigatória da vacina BCG, composta pelo bacilo de Calmette-Guérin –  de onde vem o nome BCG – obtido pela atenuação de um bacilo que causa a tuberculose bovina (Mycobacterium bovis). A vacina BCG, indicada a se aplicar do recém nascido (com pelo menos 2 Kg de peso) aos 12 meses de idade, tem como objetivo proteger as crianças, na faixa etária de zero a cinco anos de idade, fase em que a resposta imunológica se mostra menos eficiente, contra as formas mais graves da tuberculose, principalmente meningite tuberculosa e tuberculose miliar (doença disseminada por todo o corpo).


Quanto ao tratamento convém deixar claro que além de importar para o doente vem a ser método de prevenir a transmissão da doença.


Assim sendo, o diagnóstico e o fato de se iniciar tratamento correto precocemente representam  atitudes preventivas eficientes, pois após duas semanas de iniciado o tratamento de pacientes sensíveis aos medicamentos disponíveis, cessa a contaminação, interrompendo o ciclo do adoecimento e de transmissão entre pessoas .

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