Foto de 1950, mostrando pulmões de aço em uma enfermaria de pólio.
(Um pulmão de aço ou ventilador de pressão negativa é um tipo de ventilador que permite a uma pessoa respirar em caso de paralisia dos músculos da respiração ou quando o esforço necessário para a respiração excede a capacidade dessa pessoa).
Medicalpédia, Wikipédia, Cliesp Vacinas
A poliomielite é causada por um vírus incapacitante e às vezes fatal que foi eliminado no mundo desenvolvido pelo uso de vacina. A poliomielite é uma doença altamente infecciosa, ataca o sistema nervoso e pode levar à paralisia, incapacidade e até à morte. Os sintomas se expressam por dor e fraqueza, fadiga e perda funcional muscular.
Um dos maiores avanços foi a invenção do pulmão de ferro, uma máquina que envolve o corpo e enche os pulmões com ar, fazendo o tórax inflar.
Os médicos que trataram as pessoas no estágio inicial agudo da poliomielite perceberam que muitos pacientes não conseguiam respirar quando a ação do vírus paralisava os grupos musculares no tórax.
A morte era frequente nessa fase, mas os que sobreviveram usualmente recuperaram muito ou quase toda a sua força anterior para respirar.
Nada funcionava bem em manter as pessoas respirando até 1927, quando Philip Drinker e Louis Agassiz Shaw, da Universidade de Harvard, criaram uma versão de um respirador que podia manter a respiração artificialmente até que a pessoa pudesse respirar de forma independente novamente, geralmente depois de uma ou duas semanas.
A máquina era alimentada por um motor elétrico com dois aspiradores, tipo aspirador de pó. O bombeamento do ar muda a pressão dentro da caixa de metal retangular, hermeticamente fechada, movimentando o ar para dentro e para fora dos pulmões.
Entre os anos 40 e 50 microbiologistas ao transferirem o vírus da poliomielite de uma cultura para outra em sucessivas passagens, conseguiram a diminuição progressiva da virulência, o que foi o passo essencial para desenvolver uma vacina, pesquisa lidera por Sabin explorava as propriedades do vírus vivo, atenuado, administrado pela via oral, enquanto outro pesquisador, de nome Salk, explorou preparações com vírus morto, administradas por via intramuscular, gerando-se assim duas vacinas uma de agente vivo, atenuado e outra de agente inativado.
Graças aos programas de vacinas, a poliomielite foi erradicada nos países mais desenvolvidos, embora continue sendo um problema na Nigéria, no Afeganistão e no Paquistão (OMS, março de 2018).
O poliovírus pode ser facilmente importado para um país livre da pólio e pode se espalhar rapidamente entre populações não imunizadas.
A falha em erradicar a pólio pode resultar em até 200.000 novos casos a cada ano, dentro de 10 anos, em todo o mundo, fato que nos remete a lamentar a atividade nefasta de grupos anti-vacina que colocam em risco as comunidades em que influenciam.
Não há cura para a pólio, só pode ser prevenida. A vacina contra a poliomielite, administrada várias vezes, pode proteger uma criança por toda a vida.
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