A alteração da coagulação é um sinal típico da covid-19. Determina alto risco de trombose, a precisar de profilaxia de rotina imediatamente.
Há divergências sobre as melhores estratégias para proteger os pacientes já que a maioria dos pacientes tem coagulação anormal, resultados de fibrinogênio e de D-dímero muito altos, com possibilidade de trombose e risco de sangramento.
Um alto nível de D-dímero é importante indicador de prognóstico de trombose e de desfechos ruins, pela ativação de coagulação generalizada e pode ser sinal de trombose pulmonar e outras. Pacientes com níveis de D-dímero ≥ 2,0 µg/mL tiveram uma maior taxa de mortalidade quando comparados com aqueles com D-dímero < 2,0 µg/mL (12/67 versus 1/267; P < 0,001; razão de risco ou hazard ratio, HR, de 51,5; intervalo de confiança, IC, de 95% de 12,9 a 206,7)". A trombose pode ser venosa ou arterial.
A trombose pode ocorrer apesar da profilaxia padrão, pode haver resistência à heparina e necessidade de doses robustas. Há consenso de que todo paciente com covid-19 hospitalizado deve receber tromboprofilaxia com heparina.
Profilaxia. Todos os pacientes com covid-19 admitidos no hospital recebem 40 mg de enoxaparina por dia. Se o índice de massa corporal do paciente for > 40 kg/m2, o medicamento deve ser administrado duas vezes ao dia. Para pacientes com insuficiência renal, usar 5.000 U de heparina não fracionada duas vezes ao dia ou 30 mg de enoxaparina ao dia.
Na UTI. Rastreie para trombose venosa profunda no momento da admissão e, a partir de então, a cada quatro a cinco dias. Aumente a enoxaparina para 40 mg duas vezes ao dia e para 1 mg/kg duas vezes ao dia em caso de sinais de trombose, como deterioração súbita, insuficiência respiratória, paciente está muito instável para fazer uma tomografia computadorizada ou com D-dímero > 3,0 µg/mL. Para pacientes ambulatoriais que provavelmente ficarão imóveis por um mês, 40 mg de enoxaparina ou 10 mg de rivaroxabana são apropriados.
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