A Asma é uma doença das vias aéreas pulmonares, de longa duração, caracterizada em sua forma clássica por episódios de tosse, chiado, falta de ar e aperto no peito. Esses sintomas são provocados por inflamação, que torna as vias aéreas inchadas, avermelhadas, mais estreitas e mais sensíveis a irritantes.
Muito comum, incide em cerca de 1 em cada 10 pessoas no mundo ocidental, podendo se iniciar durante qualquer fase da vida.
A Asma afeta pessoas geneticamente predispostas, independentemente do sexo ou da idade.
Por motivo da atividade inflamatória as vias aéreas se tornam sensíveis, ficam facilmente irritadas, apresentam constrição e um aumento na produção de muco, resultando em dificuldade para respirar.
Ataques de asma também podem ser experimentados por mulheres grávidas, mesmo nas que nunca tiveram asma anteriormente.
A ASMA e suas exacerbações, durante a gravidez, devem, obviamente, ser tratadas porque a ASMA não tratada adequadamente tem o potencial de causar complicações, tanto para a mãe quanto para o feto.
Asma grave na gravidez pode se associar ao aumento da pressão arterial podendo ocorrer pré-eclâmpsia e até a morte da gestante e ou do feto. Para o feto no útero, há o risco de parto prematuro, baixo peso ao nascer, distúrbios de crescimento no útero e também a morte.
Assim, várias condutas devem ser acionadas se houver asma na gravidez.
A principal ação é a do obstetra certificar-se da história de asma na paciente e poder fazer a referência da paciente para ser acompanhada por pneumologista. Dessa forma, esses profissionais médicos (obstetra e pneumologista) podem monitorar a condição das grávidas e do feto.
A Asma na Gravidez pode ser tratada com medicamentos habituais para asma, recomendados por serem seguros para a gravidez e para o feto.
A segunda conduta consiste em educar a evitar os gatilhos da asma. Cada pessoa tem diferentes fatores desencadeadores da asma. Poeira, pêlos de animais (gatos e cães), alguns alimentos, fumaça (incluindo fumaça de cigarro) estão entre eles.
Em terceiro lugar, se as mulheres grávidas têm história de DRGE (Doença do Refluxo Gastroesofágico), devem ser tratadas adequadamente porque a DRGE pode piorar os sintomas da asma. A principal conduta para com a DRGE é estabelecer medidas de proteção e regular de forma personalizada a dieta.
Cabe ao pneumologista realizar verificações da função pulmonar regularmente. O exame da função pulmonar, idealmente realizado a cada uma vez por mês durante a gravidez, é importante para garantir o controle da asma e garantir que o feto receba oxigênio suficiente. Para fazer este exame, o médico geralmente usa a espirometria ou o medidor de pico de fluxo.
Finalmente, cabe ao obstetra monitorar os movimentos fetais todos os dias, especialmente se o útero atingir 28 semanas.
Não menos importante, na vigésima semana, a gestante deve receber vacinas como as da hepatite, influenza e a tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche).
Assim, a Asma na gravidez merece uma visão multidisciplinar em respeito ao binômio mãe-feto!
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