A alergia alimentar é uma doença comum da infância, também ocorrendo em jovens e adultos, particularmente no mundo Ocidental, causada por alimentos como o leite, os ovos, o amendoim, a soja, o trigo, os peixes e frutos do mar, para citar alguns alimentos.
A alergia alimentar pode variar em severidade de leve a grave para aqueles que são acometidos por ela, podendo ser fatal como nos casos em que se evidencia o Choque Anafilático (reação alérgica grave com risco de vida), exigindo o tratamento imediato com adrenalina.
A sensibilidade ao amendoim pode ocorrer de forma isolada ou acompanhada de sensibilidade a outros alérgenos quer alimentares quer inalatórios (ácaros, fungos, polens e pelos).
A alergia ao amendoim é, particularmente, um problema crescente em todo o mundo. Uma pessoa em cada cinquenta é sensível e alérgica ao amendoim, principalmente em países onde a introdução de amendoim na dieta alimentar é precoce e anualmente, metade delas sofre reação grave e potencialmente fatal para amendoim. As fatalidades, embora raras, fazem com que os sofredores de alergia ao amendoim vivam em constante temor de uma exposição acidental com o amendoim.
Importa entender que o sistema imunológico humano normalmente não deve reagir e habitualmente não reage ao amendoim quando exposto a ele. Há, porém, fatores genéticos, sendo estudado o gene chamado c11- f30 / EMSY (EMSY) como um dos envolvidos no desenvolvimento da predisposição para a alergia, fazendo com que em algumas pessoas, o sistema imunológico venha a reconhecer o amendoim como estranho e perigoso, desencadeando uma resposta imunológica de defesa, mediada por anticorpos. Esses anticorpos padrão IgE (Imunoglobulina E), específicos para o amendoim, ao se ligarem com frações antigênicas do amendoim desencadeiam a produção de diversos mediadores, como por exemplo a histamina, provocando uma série de sintomas, como a coceira, a erupção cutânea, eventualmente distúrbios gastrointestinais, podendo até atingir o nível de anafilaxia com bloqueio das vias aéreas e queda extrema de pressão arterial.
A única conduta para prevenir os eventos acima citados tem sido a de evitar o consumo do amendoim e de seus derivados (dieta de exclusão), sendo que há mais de quinze anos se pesquisa o desenvolvimento de uma vacina para realizar imunoterapia hipossensibilizante perante os antígenos do amendoim.
Atualmente aguardam-se os resultados de pesquisa de uma vacina, utilizando-se péptidos (sequenciamento de aminoácidos) que representam fragmentos selecionados de proteínas de amendoim responsáveis por desencadear as reações alérgicas.
A vacina em desenvolvimento, além de apresentar eficácia, com rapidez no desenvolvimento de resposta protetora , mostram-se também seguros porque esses péptidos não contêm as partes das proteínas de amendoim que causam reações anafiláticas.
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