Febre Amarela, Dengue, Zika e Chikungunya são infecções virais de grande importância por seu impacto sócio econômico e de alto risco para a saúde, expressando-se de forma endêmica e ou epidêmica nos últimos anos. Essas infecções são causadas por vírus denominados arbovírus devido à exigência de um inseto (vetor artrópode) para que se transmita a hospedeiros vertebrados (primatas não humanos e humanos). Além do compartilhamento de vetor em comum, o mosquito Aedes, essas infecções também são caracterizadas por apresentações clínicas com aspectos, relativos a sintomas e sinais, coincidentes, sobrepostos, determinando dificuldade diagnóstica, sugerindo eventual coinfecção (quando o organismo sofre com duas ou mais doenças ao mesmo tempo).
A possibilidade real de coinfecção exige, para o raciocínio do profissional de saúde, informações atualizadas sobre o comportamento epidemiológico dessas diversas doenças, sobre o comportamento vetorial, sobre o apoio complementar ao diagnóstico em laboratório e sobre a existência e desenvolvimento de vacinas especificas para cada um dos vírus envolvidos. Infelizmente o apoio ao diagnóstico em termos laboratoriais tem sido precário (tanto pela oferta, quanto pelo acesso) e o desenvolvimento de vacinas eficientes e seguras somente ocorreu, até agora, para a Febre Amarela e para a Dengue. Espera-se para breve a Vacina para Zika que será provavelmente fabricada e comercializada pela empresa francesa Sanofi Pasteur. Existe a interrogação preocupante sobre o acesso ao produto, considerando a experiência prévia vivida com os valores praticados para a Vacina da Dengue, ao lado de uma má divulgação, redundando em baixa cobertura vacinal em áreas com indicação para a vacinação. Cobrar um "preço razoável" é o que se espera da empresa fabricante ao lançar a Vacina da Zika!
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