
A Sociedade Brasileira de Imunizações lançou em 2017 a campanha "Quem é Sênior, Vacina", criada com o objetivo de destacar para a Terceira Idade que é fundamental se vacinar.
Para a ONU (Organização das Nações Unidas) a terceira idade engloba pessoas de 65 anos ou mais, vivendo em locais desenvolvidos, ou pessoas acima de 60 anos, vivendo em locais em desenvolvimento, diferindo do conceito da biologia humana que estabelece um divisor na linha dos 50 anos para estabelecer o iniciar da terceira idade.
Precisamos muito falar sobre proteção para os indivíduos com 50 anos ou mais, pois o Brasil, semelhantemente a outros países em desenvolvimento, passa por processo de envelhecimento acelerado da população, demandando garantia de qualidade de vida para a assim chamada melhor idade.
A Terceira idade é a fase da vida que, sob o ponto de vista biológico, se inicia aos 50 anos, sendo caracterizada pelo início da imunossenescência, devida à deterioração pelo envelhecimento, do sistema imunológico, havendo perda de capacidade, em caráter lento e gradual, para responder a novas infecções e dificuldade em manter a memória imunológica adaptativa adquirida de forma ativa através das infecções ocorridas durante a vida.
Há também, dificuldade em manter a imunidade adquirida através de imunização passiva, decorrente de vacinação, realizada contra diversas doenças infecto contagiosas.
Esse cenário, considerando a maior suscetibilidade a complicações, hospitalização e morte por doenças infectocontagiosas, se constitui em fator de risco para essa população.
Os dados acima citados implicam em que se indiquem reforços para algumas das vacinas que se realizaram na faixa etária entre 0 e 49 anos, como por exemplo a vacina da Hepatite B e a vacina tríplice bacteriana.

Em realidade, há cinco vacinas que são indicações de rotina acima dos 50 anos: gripe, pneumonia pneumocócica, tríplice bacteriana do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche), hepatite B e herpes zóster.
Já outras indicações dependerão de haver condições de risco, quer porque esteja havendo um surto da doença, quer porque o paciente viaje para o lugar onde a doença esteja ocorrendo, indicando especificamente a utilização de vacina com finalidade de prevenir a doença em pauta, como por exemplo a febre amarela, a hepatite A, as meningites ACWY e a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).
Uma outra indicação no conceito de risco vem a ser a da Vacina da Dengue por dois motivos, primeiramente por ser doença endêmica em determinadas regiões, como no Sudeste do Brasil e em segundo lugar, por uma condição peculiar de que a incidência de um segundo episódio de dengue, na mesma pessoa, costuma cursar com forma muito mais grave que o precedente, inclusive com risco de vida.
Importa citarmos que o Cobreiro ou Herpes Zóster vem a ser quase que característico da terceira idade, sendo doença causada pelo Vírus Varicela-Zóster (VVZ), que também causa a catapora (varicela).
Embora esse tipo de herpes possa ocorrer em qualquer faixa etária, é mais comum depois dos 50 anos, particularmente em indivíduos que na infância ou adolescência tiveram varicela (catapora), ficando o vírus latente em células nervosas, por anos ou décadas.
O cobreiro pode se relacionar com situações de imunodepressão determinada por algumas patologias graves ou pelo emprego de drogas imunossupressoras utilizadas no tratamento de doenças autoimunes, neoplásicas ou inflamatórias. Observamos com frequência o Herpes Vírus como infecção oportunista em transplantados de órgãos ou indivíduos infectados pelo vírus HIV (causador da Aids). Embora o Herpes Zóster possa ser tratado com medicações antivirais, pode deixar cicatrizes, manchas, quadros disfuncionais e em alguns casos determinar a chamada "neuralgia pós-herpética" caracterizada por dor crônica persistente. Perante os fatos citados devemos estabelecer medida preventiva que se constitui em vacinar contra o Varicela-Zóster.
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