Os vírus da influenza se dividem em 4 tipos: Influenza A B, C e D.
O Influenza C é relativamente raro e não causa surtos ou epidemias. Os vírus A acometem animais e humanos. Os vírus B e C acometem apenas humanos. Vírus Influenza D não causam doenças em humanos.
Portanto, apenas os vírus A e B provocam doença com impacto significativo na saúde humana, sendo os principais causadores das epidemias anuais e consequentemente os empregados na confecção das vacinas.
Dos 18 subtipos de vírus A para a Influenza apenas dois acarretam infecções humanas presentemente: A (H1N1) e A (H3N2).
Já os vírus Influenza B, apresentam duas linhagens: B / Victoria e B / Yamagata acometendo humanos, podendo predominar um ou outro a cada ano.
Os quadros clínicos em humanos são os mesmos para AH1N1, AH3N2 e para INFLUENZA B, incluindo febre, dor de cabeça, dor de garganta, dor no corpo, tosse, etc.
Entretanto, a infecção grave, com necessidade de internação ou com complicações fatais, é significativamente maior nas infecções causadas pelo Influenza A (H1N1), seguida pelas infecções causadas por A (H3N2) em populações pouco experimentadas pelo vírus.
No outono de 2018, devido ao aumento da circulação do vírus da influenza AH3N2, vêm-se observando casos graves, sobretudo em idosos e crianças causados pelo A H3N2 aumentando o contingente de adultos hospitalizados com Gripe.
Em crianças a mortalidade pode eventualmente ser maior por Influenza B do que aquela observada por Influenza A. Entre as crianças saudáveis hospitalizadas com influenza B, aquelas com 10 anos ou mais tiveram um risco significativamente maior de admissão na UTI.
Esses fatos levam a concluir que a utilização da vacina Influenza tetravalente deva ser considerada de maior importância preventiva quando comparada com a vacina influenza trivalente, sendo esta trivalente ou tríplice a única fornecida pelo governo de forma gratuita para toda a população brasileira.
A importância do reconhecimento de se administrar a vacina tetravalente se respalda portanto em critérios de severidade perante situações reconhecidamente de risco para o desenvolvimento de formas graves e de óbito por influenza que são: a condição de gestação, a idade menor do que dois anos ou maior do que 50 anos e a presença de comorbidades como doença pulmonar crônica (DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), cardiopatias (ICC - insuficiência cardíaca crônica), doença metabólica crônica (obesidade, diabetes), imunodeficiências, e insuficiência renal crônica, entre outras.
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