A gripe se apresenta com maior expressão de gravidade nos indivíduos com obesidade, diabetes e com doença cardiovascular, população essa em que se confirma laboratorialmente a maior proporção de casos de gripe, seguindo-se de indivíduos com doença respiratória crónica e imunodeficiência congénita ou adquirida, sendo a gripe responsável por um excesso de mortalidade por todas as causas no período coincidente com a epidemia sazonal de gripe e com as temperaturas mais baixas registradas nos meses de inverno.
A vacina da gripe pode conferir em vacinados, sujeitos a confirmação por diagnóstico laboratorial, uma efetividade de aproximadamente 70% na prevenção, durante a sazonalidade gripal, com a circulação de vírus da gripe do tipo A e do tipo B.
A vacina quadrivalente utilizada entre os meses de março e abril no hemisfério sul, contém os quatro vírus sazonais detectados no semestre prévio, acompanhados em suas características ao longo do inverno do hemisfério norte, constituindo-se a vacina na melhor medida de prevenção da doença.
Trata-se de vacina inativada, portanto, não tendo como causar a doença, formulada com proteínas das diferentes cepas do vírus Influenza definidas ano a ano conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). As cepas vacinais são cultivadas em ovos embrionados de galinha e, por isso, as vacinas contêm traços de proteínas do ovo.
Existe vacina trivalente, com duas cepas de vírus A e uma cepa de vírus B, fornecida pela saúde pública e a vacina quadrivalente, com duas cepas de vírus A e duas cepas de vírus B, obtenível em clínicas privadas.
Quando a apresentação é mono-dose, ou seja, em seringas prontas com doses individuais, a vacina não contém conservantes. Já a apresentação multidose, habitual na saúde pública, como acontece com outras vacinas multidose, contém timerosal (derivado do mercúrio) como conservante, podendo representar risco de reação adversa em indivíduos sensíveis a mercuriais.
A indicação da vacina contra a gripe se faz para todas as pessoas a partir de 6 meses de vida, principalmente aquelas de maior risco para infecções respiratórias, que podem ter complicações e forma mais grave da doença.
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