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  • Foto do escritorLuís Fragetti

Doença do Vírus Ebola (DVE)

Quatro vacinas candidatas encontram-se em estudo (Ad26.ZEBOV, MVA-BN-Filo, chAd3-EBO-Z e vacina GamEvac-Combi). Especificamente, observa-se a necessidade de mais dados em mulheres grávidas, crianças e populações imunocomprometidas, incluindo pessoas infectadas com HIV e idosos. Além disso, mais pesquisas são necessárias sobre a durabilidade e rapidez das respostas imunes geradas por essas vacinas, bem como ensaios em grande escala para avaliar totalmente a segurança e eficácia de vacinas experimentais.


A doença por vírus Ebola (DVE) ocorre em surtos em regiões tropicais da África, foi identificada inicialmente em 1976. As principais áreas afetadas são descritas no Sudão, República Democrática do Congo, Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria.


Atinge seres humanos e outros mamíferos, sendo provocada pelo ebola-vírus, com elevado risco de morte, matando entre 25% a 90% dos infectados, com a média de 50%. O vírus se transmite através de contato com o sangue ou outros fluidos biológicos (incluindo o sêmen) de seres humanos ou animais infectados. A transmissão por via aérea ainda não foi comprovada. Considera-se como reservatório natural os morcegos frugívoros (capazes de propagar o vírus sem serem afetados). Os humanos são infectados pelo contato direto com os morcegos ou com animais infectados pelos morcegos. Os sobreviventes do sexo masculino podem transmitir a doença através do sémen por aproximadamente 60 dias.

Os sintomas têm início duas a três semanas após contrair o vírus, com febre, garganta inflamada, dores musculares e dor de cabeça, sendo seguidos por vómitos, diarreia e erupção cutânea, evoluindo com insuficiência hepática e renal. Nessa ultima fase, surgem hemorragias, internas e externas, podendo culminar em morte, entre 6 a 16 dias após o início dos sintomas, por choque hemorrágico.


Para o diagnóstico diferencial de DVE, citam-se a malária, cólera ou febres hemorrágicas virais como a Dengue e a Febre Amarela.


Para o diagnóstico laboratorial em amostras de sangue faz-se a pesquisa de anticorpos anti-virais.


O controle de surto exige a coordenação entre vários serviços médicos e envolvimento da comunidade, visando a rápida detecção do surto e o diagnóstico, proporcionando acesso a exames de laboratório, a tratamento adequado, incluindo a experimentação de vacinas em desenvolvimento, bem como gestão adequada dos mortos através de cremação ou enterro.


A prevenção se baseia em lavar as mãos, em vacinar e diminuir o risco de propagação entre animais infetados e seres humanos através do uso de vestuário de proteção ao lidar com humanos, bem como com animais contaminados.


As amostras de tecidos e fluidos corporais de pessoas infetadas devem ser manuseadas com especial precaução.


O tratamento envolve cuidados de apoio como a terapia de reidratação oral (administração de água doce e salgada) ou terapia intravenosa, capazes de melhorar o prognóstico da doença.


Na prevenção por imunização passiva, em 2017, a Universidade de Queensland, na Austrália, desenvolveu tratamento eficaz e económico para o vírus, usando anticorpos anti virus ebola de cavalos.


Na prevenção por imunização ativa, utiliza-se a vacina 'rVSV-Ebola', cepa do vírus Ebola-Zaire, não aprovada ainda comercialmente. Uma outra vacina está sendo desenvolvida para oferecer proteção contra a cepa do Sudão, diferente da chamada Zaire, presente na África Ocidental, segundo a OMS.

Em Novembro de 2018, com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), começou-se a vacinar os profissionais de saúde da linha de frente contra a Doença do Vírus Ébola (DVE) com a vacina contra o tipo de cepa do vírus Ebola-Zaire que está circulando em algumas partes do Congo, demonstrando resultados positivos de proteção e potência contra o vírus Ebola-Zaire.


Embora a vacina não esteja licenciada comercialmente, está sendo usada sob “acesso expandido” ou “uso compassivo” no surto de ebola em curso no Congo. Esta vacina também foi usada no surto de ebola na província de Equateur em maio-julho de 2018.

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