Existem diversos boatos e mitos sobre vacinação, sendo um deles a especulação de que a Vacina Influenza contra a Gripe seria desnecessária e pior ainda, que seria capaz de provocar a gripe.
Houve três pandemias e milhões de mortes no século 20, repetindo-se o espetáculo catastrófico no século 21, durante a pandemia do H1N1, entre junho de 2009 e agosto de 2010, contabilizando oficialmente quase 20.000 mortes no mundo, número esse que só não foi maior graças ao rápido desenvolvimento de vacina capaz de imunizar a população mundial.
A GRIPE é doença infecto contagiosa que, na maioria das vezes, cura espontaneamente, porém, ser considerada de baixo risco não é verdade, particularmente quando migra de seu caráter epidêmico sazonal para o caráter pandêmico, ou ainda, quando determina complicações, especialmente em subnutridos, crianças menores de 2 anos, pacientes com enfermidades crônicas do sistema cardiorrespiratório, pessoas na terceira idade biológica (acima de 50 anos) e mulheres grávidas.
A maior atividade gripal no Brasil tem sido observada entre as estações do outono e inverno, predominando no inverno.
Os vírus da gripe estão em constante alteração devido à intensa mutabilidade (alta capacidade de recombinação gênica).
Todos os subtipos de vírus Influenza podem sofrer mudanças antigênicas, contudo, o vírus do tipo A, o de maior gravidade, é o que apresenta mutações e rearranjos com maior frequência. e por esse motivo a imunidade induzida pela vacina não é duradoura, pelo que as pessoas devem se vacinar anualmente.
A gripe é a doença mais frequente do adulto que pode ser prevenida pela vacinação, sendo a sua eficácia dependente da probabilidade de ocorrer coincidência entre as variantes de vírus influenza em circulação na comunidade e as cepas virais contidas na vacina, podendo a imunização prevenir a infecção em até 90% dos indivíduos vacinados, na hipótese da maior coincidência.
Assim sendo, essa boataria sobre o baixo risco da doença e a não necessidade da vacina, desprovida de evidências científicas, representa ameaça ao sucesso de programas de vacinação em saúde pública, pois, um número significativo de indivíduos se recusa a vacinar, estendendo eventualmente tal comportamento para os membros da família como resultado da falta de informação e do medo.
Embora devamos pedir por mais pesquisas para que se obtenha maior efetividade da vacina para Influenza, é fundamental que os profissionais da saúde apoiem a vacinação e ajudem a aumentar a taxa de adesão ao programa de vacinação contra a Gripe.
Anualmente, em setembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda as cepas de vírus influenza que devam ser utilizadas para produção das vacinas para uso no hemisfério sul.
As vacinas contra a Influenza sazonais são modificadas anualmente para proteção contra cepas virais de gripe em circulação, assim em 2018 conterão no tipo TRIVALENTE, três cepas de vírus em combinação, com as seguintes especificações:
Vírus influenza A/Michigan/45/2015 (H1N1)pdm09;
Vírus influenza A/Singapore/INFIMH-16-0019/2016 (H3N2);
Vírus influenza B/Phuket/3073/2013.
As vacinas influenza tipo QUADRIVALENTE (contendo dois tipos de cepas do vírus influenza B) deverão conter, além dos três tipos de cepas acima, um vírus similar ao vírus influenza B/Brisbane/60/2008.
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